Neste último sábado e domingo, dia 17, 18 e 19 de Maio corrente, a Irmandade do Divino Espírito Santo da paróquia da Igreja de Santa Inês, na Dundas Street com a Grace, realizou as suas festas tradicionais em Honra da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, o Divino Espírito Santo, sob a orientação dos seus actuais gerentes, o presidente José Luís Tavares e os mordomos, o casal Manuel e Ursulina Moniz, tendo o salão de festas desta igreja sido lotado por várias vezes com centenas de fiéis que ali se compareceram para as tradicionais sopas do Divino Espirito Santo o que nos dá uma forte imagem da devoção e fé ao Divino um elo que une o povo açoriano naquela Região de Portugal há mais de 500 anos após a sua descoberta e colonização por gente do continente.
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Estas ilhas encontravam-se então desabitadas e o culto ao Divino e à obra da Rainha Santa Isabel foi trazido então pelos primeiros habitantes. Mesmo na vasta diáspora onde se encontre um natural ou descendente açoriano, mesmo radicados há longos anos como no caso do Brasil onde chegaram há mais de 300 anos, esta fé manten-se desde então passando de geração para geração e está bem visivel nas festividades, tanto religiosas como profanas, em que a caridade é a raiz desta fé tão forte e peculiar.
Assim findo as Sopas do Divino foi servido de complemento a carne, batata, vegetais e a massa sovada a quantos quiseram partilhar neste convívio de amor pelo próximo. No palco do salão, transformado num autêntico e bem decorado altar improvisado encontrava-se a bandeira com a coroa e o ceptro símbolos daquela Divindade, e que era quase paragem obrigatória para quem entrava no salão.
A refeição atrás referida, que estava uma delícia, foi totalmente preparada e confeccionada por um grupo de senhoras pertencentes àquela organização religiosa, todas voluntárias e membros que são, e que já temos repetido inúmeras vezes nas nossas reportagens ao longo destes anos, a coluna vertebral de todas as nossas agremiações, tanto de raízes religiosas como sociais, na disseminação da nossa fé, cultura e costumes por estas terras de acolhimento, o Canadá.
Terminada a refeição foi a vez, para quem quis assistir ou participar, de um bem animado período de entretenimento que se arrastou até às 23 horas com musica DJ e com a exibição dum artista luso-americano que já por diversas vezes actuou nas festas da nossa comunidade, o José Nazário, cujo reportório animou, e bem, este período de dança e agradou plenamente quantos enchiam o salão de festas sito na cave desta nossa igreja portuguesa.
Gostaríamos de focar a canção que compôs em memória seu amigo e saudoso artista Jack Sebastião que ali interpretou informando, ao mesmo tempo, da sua promessa de assim fazer em todas as festas que participe.
No domingo seguinte (dia 19) foi a vez da missa solene seguida de procissão, pelas 15 horas, que se estendeu à volta da igreja com 24 bandeiras e suas coroas do Divino e umas largas centenas de fiéis integrados e acompanhada pela banda filarmónica deste templo, a Banda Lira Nossa Senhora de Fátima, e obviamente os seus sacerdotes.
Finalizada a cerimónia deu-se continuidade, no salão da cave, aos festejos com a actuação do já referido artista José Nazário e música DJ, arrematações e sorteios de objetos ofertados por amigos e benfeitores.
Estão de parabéns os mordomos desta Irmandade pelo êxito de mais uma das suas realizações festivas em Honra do Divino Espírito Santo.
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